quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Resenha: A Hospedeira - Stephenie Meyer


Sinopse: A Hospedeira - Stephenie Meyer - 557 páginas - Intrínseca
Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente. Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.

Resenha: Melanie Stryder fazia parte da resistência: humanos que resistiram a dominação das almas ao planeta e vivem refugiados. té que em uma arriscada ida a cidade de Chicago os Buscadores apareceram e ela se jogou do prédio em que estava em uma tentativa suicida de não se tornar uma parasita, protegendo as pessoas que ama. Tentativa inútil. A queda não a matou, os Buscadores restauraram seu corpo e nele inseriram uma alma chamada Peregrina. Inquerida pelos Buscadores - que querem encontrar outros resistentes - sobre a vida de sua hospedeira, ela passa a ter dificuldade para acessar as memórias do corpo que habita. Ainda assim ela consegue informá-los sobre Jared e Jamie, respectivamente namorado e irmão de Melanie. Recordações da vida da hospedeira se manifestam, momentos dela com o humano Jared, criando uma ligação sentimental entre eles.

Uma voz começa a se comunicar com com Peg, obviamente a antiga dona do corpo. Informada da influência da hospedeira sobre a inquilina a Buscadora sugere uma visita ao Curandeiro para uma troca de corpos. Peregrina se apegou a Jared e Jamie, e apesar das discussões entre as duas durante a viagem até o Curandeiro Melanie a convence a irem a outro lugar . Vivendo quase como amigas , Melanie guia Peg em em uma jornada pelo deserto até o refúgio de seu tio Jebediah. Quando enfim encontram o lugar são recebidas com uma hostilidade mortal. Como provar não serem o inimigo? Por ser uma alma, os humanos vêem Peregrina como uma ameaça a sua segurança, e não sabem da presença de Melanie. Enquanto tenta ganhar a confiança dos companheiros de refúgio elas lidam com tentativas de assassinato , buscadores próximos ao esconderijo e conflitos amorosos. Nutrindo por sentimento por Jared que também vive lá elas se deparam com repulsa. Mas Ian é tão agradável...e desenvolve com Peg uma amizade que não agrada a Melanie .

Me apaixonei tanto pela história que li o livro três vezes seguidas. A trama é tremendamente contagiante. As personagens principais são tão cativantes que fiquei dividida sobre o que desejar de final para elas! O modo de agir da espécie alienígena colonizadora da Terra nos leva uma relexão sobre até onde uma interação pacífica visando a coletividade é possível entre a nossa espécie. A complexidade dos romances desse livro supera a do habitual triângulo amoroso, até porque neles estão envolvidos apenas três corpos humanos e uma alma alienígena. Há a bonita relação de união entre Mel e seu irmão mais novo, e como Peregrina se mostra capaz de se arriscar para cuidar dele. Peg é definitivamente de extrema nobreza, capaz de benevolência para os que a fazem mal e resignação em fazer as escolhas que acredita serem as mais justas, além de ser tímida. Kyle, irmão de Ian, é quase uma vilão, porém seu modo de agir é até justificável pela situação distópica em que vivem. A persistência da Buscadora em encontrá-las é o que marca a a resolução da trama. 557 páginas e ainda deixa o gostinho de quero mais. Li ele em quatro dias, a história é linda, de modo natural e intenso. O livro fez com que eu observasse o fato de ser humana de forma diferente e muito boa. SUPER RECOMENDO, é muito bom.

Trechos: "Feliz e triste, cheia de alegria e de aflição, segura e medrosa, amada e renegada, paciente e zangada, pacífica e arredia, completa e vazia… Tudo isso. Eu sentia tudo isso."

"Algumas vezes, os fatos se misturavam tão completamente com a ficção, que, embora nenhuma mentira fosse dita, era difícil lembrar o que era estritamente verdade."

"Talvez eu fosse naturalmente anti-social."

"Os humanos eram impossíveis de agradar."

"Pude sentir quanto ela estava consciente daquela mão que estava na minha. Havia nela uma lenta elaboração emocional que eu não estava reconhecendo. Algo no limite da raiva, com uma ponta de desejo e uma porção de desespero.
“Ciúme”, esclareceu ela."

"Nós não podemos existir a custa de alguém que amamos."

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